quinta-feira, 25 de abril de 2024

domingo, 17 de março de 2024

Visita ao Arquivo Municipal Alfredo Pimenta

 Ciência da Escrita

O projeto “Ciência da Escrita” envolve as turmas do 10º ano de Línguas e Humanidades do 10º ano. Após a visita à Casa da Memória, integrada na disciplina de Geografia, foi, agora, o momento da História, e da visita ao Arquivo Municipal. Assim, no dia 14 de março deslocaram-se a esse espaço as turmas 10LH1, 10LH2 e 10LH3, acompanhados da professora bibliotecária, Manuela Paredes, e dos professores, Sandra Bernardino, Vítor Leite e Raquel Teixeira (que acompanhou a turma 10LH4, no dia 15).

Esta visita vem complementar a leitura de forais e outros documentos históricos sobre a nossa cidade, realizada na disciplina de História, possibilitando aos alunos o contacto com documentos autênticos. Para além disso, sensibilizou os alunos quer para o trabalho aí realizado, quer para a importância da história dos documentos, da sua conservação e a salvaguarda do património material e imaterial da nossa cidade.

As turmas puderam, então, conhecer a história do Arquivo, até à localização atual, num palacete do séc. XVII. A visita contemplou todos os espaços, desde a Sala de Exposições, outrora uma capela, o depósito, a sala de higienização, o espaço de digitalização dos documentos para preservação e consulta online e a sala onde se encontram expostos alguns documentos autênticos, onde os alunos puderam consultar o mapa da cidade, cartas quirográficas, Tábuas de Cânones, pergaminhos, a Carta de D. Maria II a conceder a Guimarães o título de cidade, entre muitos outros documentos históricos.

Uma visita à história da nossa cidade, através de um património que é preciso conhecer e preservar.










sexta-feira, 15 de março de 2024

Encontro com Maria do Rosário Pedreira

No dia 13 de março recebemos a editora, escritora, poetisa e letrista portuguesa, Maria do Rosário Pedreira, que esteve em Guimarães no âmbito do Festival Húmus.
Assistiram à palestra as turmas 11LH3, 11LH4 e 11CT5, com os professores David Martins, Paula Sofia e Teresa Moutinho. Em tempo de comemorar 50 anos de Abril, o discurso de Maria do Rosário foi importantíssimo, já que se centrou numa das nossas grandes preocupações: a Leitura! Ler permite-nos libertar a nossa imaginação, viajar por mundos desconhecidos, mas também influencia a nossa perceção do mundo, a nossa posição na sociedade, dá-nos armas para nos fazermos ouvir num espaço cada vez mais massificado, estilizado, onde o “coletivo” se impõe em detrimento do “pessoal”. Vivermos em sociedade significa sabermos respeitar os outros, interagir…e também, fazermo-nos ouvir, sabermos defender as nossas ideias e isso cultiva-se com o estudo e, sem dúvida, com leitura!
Os alunos puderam questionar Maria do Rosário sobre as suas obras e a sua profissão enquanto editora, tendo as respostas sido sempre muito claras e esclarecedoras.
A construção do nosso futuro depende de jovens ativos e (in)formados e acreditamos que estes testemunhos são extremamente enriquecedores.


sexta-feira, 8 de março de 2024

Dia da Mulher

Um poema de Sophia de Mello Breyner dedicado a todas as MULHERES, num dia que é o seu.

O mar dos meus olhos
Há mulheres que trazem o mar nos olhos
Não pela cor
Mas pela vastidão da alma
E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos
Ficam para além do tempo
Como se a maré nunca as levasse
Da praia onde foram felizes
Há mulheres que trazem o mar nos olhos
pela grandeza da imensidão da alma
pelo infinito modo como abarcam as coisas e os homens...
Há mulheres que são maré em noites de tardes...
e calma
Sophia de Mello Breyner Andresen

quinta-feira, 7 de março de 2024

Encontro Multicultural

Semana Concelhia da Leitura

Leitura…Espaço de Liberdade

Ao longo de algumas semanas, a professora bibliotecária reuniu-se com o Yuri, do 12TSI e o Rafael, do 11TDS (outros como o Karel, o Santiago, o Arthur e a Layla também deram o seu contributo) a fim de preparar o segundo encontro multicultural. Pretendia-se, para além de juntar colegas oriundos de diferentes países, criar um Clube Multicultural que permita promover as diferentes culturas e tradições que convivem diariamente na nossa escola. Os alunos trouxeram um prato característico do seu país e partilharam, com a professora bibliotecária, uma história tradicional.
Neste segundo encontro, tivemos alunos do Brasil, Angola, China, Eritreia, Colômbia, Afeganistão, Costa Rica, Cuba, Argentina, Índia, Turquia e Vietname. Embora longe de alcançar todas as nacionalidades, foi já possível juntar um grupo muito simpático, que pôde conhecer-se melhor, conviver e partilhar momentos sobre as suas tradições gastronómicas. No encontro, estiveram presentes um grupo de alunas portuguesas por entendermos ser uma parte importante do processo de integração dos colegas.
Para além do lanche-convívio, os alunos puderam usufruir da música ao vivo, da responsabilidade do Yuri, do Santiago e dos “técnicos”, Karel e Rafael.
Um encontro que se repetirá para que o clube cresça e a integração seja plena. Juntos na diversidade, mais ricos na diferença! Isto é…LIBERDADE!



quarta-feira, 6 de março de 2024

Encontro com Daniel Malhadas

 Semana Concelhia da Leitura

Leitura…espaço de Liberdade

No dia 5 de março, recebemos o jovem escritor, Daniel Malhadas, um jovem engenheiro informático que soube transmitir a sua paixão pelas ciências humanas, quer no seu discurso quer na sua obra.
O seu livro, “O cais do desconcerto”, aborda temáticas, como o próprio refere, como “o limite da capacidade humana e a ambição necessária para levar alguém a exceder-se em prol de um propósito que o transcende”.
A sua apresentação cativou os presentes, alunos das turmas 12LH1, 12LH2 e 12LH5, que foram acompanhados pelos seus professores, João Jorge, Emília Paula e Laura Moreira.
Resta-nos desejar-lhe as maiores felicidades e que os nossos alunos saibam inspirar-se nestes testemunhos e, sobretudo, que LEIAM, pois, mais do que nunca, ler é CONHECIMENTO e LIBERDADE.






quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Fevereiro - Mês dos Afetos

 Fevereiro é o mês dos afetos e os alunos com medidas adicionais relembraram, nas aulas de Inglês e Português, a história de Valentim, fizeram fichas em inglês e pintaram…Pintaram um coração, mas também revelaram o seu, na construção dos cartões para enviar aos amigos e família, com mensagens de Ternura e Amor, em português e inglês. Partilhamos, aqui, o resultado desse trabalho. Sejam Felizes!



domingo, 11 de fevereiro de 2024

Poluição dos Oceanos

 Após terem explorado a obra: "Marvin, amigo do oceano", na disciplina de Português, e de terem realizado uma pesquisa sobre a riqueza dos nossos mares, na disciplina de Inglês, os alunos quiseram realizar uma exposição para alertar todos os colegas para os perigos que corre toda a vida existente nos nossos mares, devido à falta de cuidado do Homem, que está a destruir o seu planeta! A exposição está patente na biblioteca escolar da escola sede.


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Uma vez mais, a professora Cristina Tomé, elemento da equipa da biblioteca escolar, desenvolveu um conjunto de atividades com as suas turmas, cujos resultados se encontram compilados neste livro que nos leva a refletir sobre a vida das crianças durante a II Guerra Mundial. 

Para ler e refletir...

sábado, 27 de janeiro de 2024

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

 Visita a tua biblioteca escolar, onde está patente esta exposição e onde poderás conhecer (ou rever) livros, filmes e fotos sobre o tema.


A professora Cristina Tomé, elemento da equipa da BE, organizou um conjunto de informações e atividades que poderão ser realizadas em sala de aula.




sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Maratona de Cartas

 As bibliotecas escolares do Agrupamento de Escolas Francisco de Holanda levaram a cabo mais uma Maratona de Cartas, ação que se desenvolve em parceria com a Amnistia Internacional (AI). Os nossos alunos, pertencentes ao Clube de Voluntariado, deslocaram-se às salas, nos dias 22 e 23 de janeiro, onde procuraram sensibilizar os colegas para a importância de agir, lembrando que cada pequeno gesto leva à mudança. Os nossos alunos do 1º ciclo, assim como os da EB2,3 Egas Moniz também discutiram o tema e redigiram apelos para dar conforto e reforçar a importância da liberdade de expressão. Tal como no ano letivo anterior, foram enviadas para a AI as mensagens redigidas pelos alunos do 1º ciclo. 






Visita ao Museu do Holocausto


Visita ao museu do Holocausto - Porto

No passado dia 26 de janeiro, realizou-se uma visita de estudo ao Porto, mais concretamente ao Museu do Holocausto, visto que no dia seguinte, dia 27 de janeiro, se celebra o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

A visita iniciou-se perto das 11h, numa sala onde a guia nos contextualizou sobre o Holocausto. Conseguimos perceber que a Segunda Guerra Mundial provocou um genocídio de 5 700 000 judeus, já que estes eram vistos como uma ameaça à “Super Raça” (a raça ariana). Os judeus do Ocidente eram bastante cultos e isso era uma ameaça tremenda àqueles que queriam impor os seus ideais. Estes frequentavam universidades, trabalhavam na banca e participavam nas forças armadas. As escolas religiosas judaicas chamadas de yeshiva eram frequentadas pelos mais jovens. Os judeus encontravam-se espalhados por todos os continentes e eram totalmente contra a raça ariana, sendo esta uma das razões para que ocorressem campanhas oficiais contra os judeus tais como: “Libertem-se do dinheiro judaico” “Alemães libertem-se do judeu”. O ódio aos judeus levou à própria invasão da União Soviética que os nacionais-socialistas consideravam de “base racial judaica” e “um antro de judeus”, apesar de as populações judaicas estarem submetidas a perseguições constantes por outros regimes totalitários e ateístas.

Foi possível compreender que não eram só os judeus que eram deportados para os campos de concentrção, pessoas com necessidades motoras ou psicológicas, homossexuais e negros também eram imediatamente deportados. Para além disso, mesmo aqueles que tivessem características da raça ariana (olhos claros e cabelos loiros) eram deportados para os campos, caso fossem judeus.

Um dos campos de concentração mais conhecidos é o de Auschwitz, na Polónia e foi na segunda sala que vimos uma projeção do campo, bem como o letreiro que se encontra à entrada que nos diz “O trabalho liberta”, como é possível observar na imagem abaixo.

                      Fonte: RTP, https://media.rtp.pt/antena3/ouvir/visita-guiada-ao-museu-do-holocausto-no-porto/

 

Foi também nesta sala que percebemos que este campo de concentração é do tamanho de 140 campos de futebol juntos. Foram, então, estabelecidos três campos de concentração: Auschwitz I, onde se encontra a placa presente na imagem e era um campo de trabalho; Auschwitz II (também conhecido por Auschwitz-Birkenau) campo de extermínio; Auschwitz III (também conhecido por Auschwitz-Monowitz), também campo de trabalho.

De seguida, passamos por um corredor com a representação das camas presentes nos dormitórios dos campos bem como algumas imagens da época.


Fontes: Museu do Holocausto, https://www.mhporto.com/pt/visits

E, após observarmos estas imagens e as camas, entrámos numa sala que homenageia as vítimas do Holocausto onde o diretor do museu, Michael Rothwell, fez um pequeno discurso, com todos os alunos à sua volta. Este contou-nos um pouco sobre a história da sua família, conseguindo comover os presentes, ao afirmar que os seus avós maternos estiveram em Auschwitz, onde foram assassinados. A emoção cresceu bastante nesse momento, bem como quando nos disse que tinha visitado o campo, na semana anterior. Procedeu, então, ao acender da chama, em memória das vítimas e pediu um minuto de silêncio, para que pudéssemos refletir sobre todos os horrores que ocorreram nos campos.

Após toda esta breve cerimónia, mas extremamente emotiva, seguimos para dois corredores onde aprendemos um pouco mais sobre aquilo que ocorreu. 

Entre 1933-1939 ocorreram, por toda a Alemanha, ataques organizados contra os judeus. Seguem-se anos de pavor para os judeus que foram vítimas de constante perseguição, violência e discriminação de modo a que a predominância da raça ariana ocorresse. Na noite de 9 para 10 de novembro de 1938 seguiu-se a tão famosa “Noite de Cristal” (assim conhecida devido aos vidros das montras espalhados pelas ruas devido à destruição), onde as tropas de assalto levaram a cabo uma campanha coordenada de vandalismo, incêndios, roubos e assassinatos. Foram destruídas 1000 sinagogas, 7500 lojas e 30 000 judeus foram enviados para os campos de concentração.

Portugal conservou uma neutralidade face à guerra, evitando a invasão alemã e conseguindo receber 50 000 refugiados. Ao longo do corredor, observámos as suas fichas, que nos indicavam o país de origem, o nome, a data de chegada, a rua onde moravam, entre outras informações. Segundo o arquivo, na sinagoga do Porto, entre 1940 e abril de 1941, chegaram refugiados da Bélgica, da França e do Luxemburgo. Os refugiados eram de todas as classes sociais, entre os 25-64 anos de idade sendo: polacos (maioritariamente), belgas, holandeses, franceses, austríacos, entre outras nacionalidades. O seu sonho era chegar aos Estados Unidos da América, porém acabaram por ser conduzidos para a América de Sul.

                                                        Fichas dos refugiados no lado esquerdo

               Fonte: Museu do Holocausto, https://www.mhporto.com/pt/visi

Em 1939, a Alemanha e a União Soviética tinham os exércitos mais poderosos da Europa e, portanto, estes assinaram um pacto e invadiram a Polónia. Cerca de 1 500 000 judeus ficaram sob o domínio totalitário e racista da Alemanha e 1 200 000 ficaram sob o domínio totalitário e ateísta soviético. Hitler dizia que os judeus tinham criado o comunismo e controlavam a URSS. Traindo o pacto estabelecido com Estaline, a Alemanha invade a União Soviética em junho de 1941.

Após a invasão da Polónia pelos alemães, os judeus são concentrados em guetos, vivendo em condições desumanas. Membros das unidades especiais das SS (organização paramilitar ligada ao Partido Nacional-Socialista) humilhavam os judeus castigando-os com espancamentos, destruição de sinagogas e humilhações. Os judeus eram obrigados a trabalhar utilizando uma roupa cozida com a “estrela de David” (símbolo do judaísmo).

Na Polónia e na União Soviética foram estabelecidos, pelos alemães, pelo menos 1 000 guetos, sendo o maior na Polónia, em Varsóvia, onde foram colocados mais de 400 000 judeus numa área de 3.3 quilómetros quadrados.

O plano nacional-socialista para exterminar o povo judeu iniciou-se em 1941 durante a invasão alemã à União Soviética. Os métodos iniciais, que consistia em fuzilamento e câmaras móveis de gás venenoso, foram considerados lentos e pouco eficazes, já para não falar do cansaço físico e stress que provocava nos assassinos. Após a Conferência de Wannsee, em janeiro de 1942, os nazis deram início à deportação sistemática por toda a Europa levando-os para seis campos de extermínio, sendo um deles o de Auschwitz-Birkenau. Estes campos de morte foram criados, principalmente, para eliminar os judeus.

No inverno de 1944/1945, os exércitos do Terceiro Reich começaram a sofrer derrotas na linha da frente ocidental e o chefe das SS, Heinrich Himmler, proibiu que os prisioneiros caíssem vivos nas mãos dos Aliados e, portanto, massas de gente esfomeada foram obrigadas a caminhar durante dias e semanas até tombarem, nas chamadas Marchas da Morte.

A Alemanha acaba por ser invadida a ocidente e a oriente. Adolf Hitler suicida-se e o país rende-se a 8 de maio de 1945. Muitos documentos, corpos e edifícios foram destruídos e queimados de modo a que o mundo não pudesse saber da tragédia que ocorria nos campos. A ocidente, as tropas britânicas e americanas chegam aos campos na primavera de 1945, onde encontram cenários de destruição, cheios de cadáveres, e dezenas de milhares à beira da morte.

O Holocausto exterminou cerca de 6 milhões de judeus, ⅔ da população judaica total que existia antes da Guerra. Mais de 2 milhões de judeus conseguiram fugir para outros países. No final da Guerra, 250.000 sobreviventes enfrentaram a árdua tarefa de reconstruir as suas vidas.

Apesar de já terem passado 79 anos desde o fim da Segunda Guerra, o Museu fez um apelo ao mundo atual, alertando para o ódio do Holocausto que está vivo. A Anti-Defamation League recolheu dados que nos indicam que o ódio aos judeus ainda ocorre na Europa e em Portugal. Os judeus são acusados de deter o controlo dos negócios mundiais, a responsabilidade pela maioria das guerras, de não se preocuparem com os outros povos, entre outros fatores.

O antissemitismo está presente na política atual de muitos países e, portanto, muitos grupos nacionalistas e identitários consideram que os judeus são estrangeiros indesejados, imigrantes especuladores.

Por último, visualizámos um vídeo de uma sobrevivente do Holocausto e confessou toda a tristeza e melancolia que sentiu ao saber que toda a sua família tinha morrido. Descreveu o horror que permanecia no campo e, através da sua voz, era notório o impacto que toda esta situação teve nela, sendo este um momento bastante comovente.

Foi, sem dúvida, uma experiência que permitiu conhecer mais sobre o Holocausto, e permitiu emocionar bastante os presentes. Agora, basta impedir que momentos trágicos que ficam para a História da Humanidade não sejam esquecidos de modo a que todos tenham acesso à tragédia da época para, consequentemente, evitar que desastres humanos como este voltem a ocorrer.

     

                                               Fonte: Museu do Holocausto,  https://www.mhporto.com/pt/visits

                                                        Lara Freitas e Luísa Pinto, 11LH1


    

       Maria Ribeiro e Martina Guimarães, do 11LH2