segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Amnistia Internacional - Maratona de cartas 2013
A
biblioteca escolar do Agrupamento de Escolas Francisco de Holanda associa-se à
Amnistia Internacional, na defesa dos Direitos Humanos.
No dia 16 de dezembro, os
alunos da turma 11ºTSE, espalharam-se pela escola, entraram nas salas de aula
e relembraram a iniciativa que a biblioteca escolar estava a desenvolver com a Amnistia Internacional: a
Maratona de cartas.
Desde o dia 8 de
dezembro que a BE mantinha uma exposição que chamava a atenção para alguns casos concretos de desrespeito dos Direitos Humanos. Assim, quando
os nossos jovens foram às salas, levavam já as cartas para serem assinadas
pelos colegas. A sensibilização foi feita, 2043 cartas foram assinadas, que serão
enviadas para as instituições e personalidades que podem fazer algo por estas
quatro pessoas e respetivas comunidades.
Esperemos que os governos
não se esqueçam que a Declaração
Universal dos Direitos Humanos é demasiado importante para
ser “esquecida” ou relembrada apenas numa data específica.
É imperativo, hoje mais do
que nunca, que NENHUM DE NÓS esqueça que a liberdade conquistada, os direitos
adquiridos, não podem ser dados como eternos. Lembremo-nos do que diz no final
do preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
“A Assembleia Geral
Proclama a presente
Declaração Universal dos Direitos do Homem como ideal comum a atingir por todos
os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos
da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e
pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por
promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu
reconhecimento e a sua aplicação universais e efectivos tanto entre as
populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados
sob a sua jurisdição.
”Declaração Universal dos Direitos Humanos"
Adoptada e proclamada
pela Assembleia Geral na sua Resolução 217A (III) de 10 de Dezembro de 1948.
Publicada no Diário da República, I Série A, n.º 57/78, de 9 de Março de
1978, mediante aviso do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Halloween - Biblioteca da Escola Secundária Francisco de Holanda
Halloween
nas nossas bibliotecas
O
nosso Agrupamento relembrou, mais uma vez, as origens e tradições do Halloween. Assim,
enquanto na escola sede, quem se deslocou à biblioteca pôde relembrar as
tradições desta data festiva, nas outras escolas do Agrupamento, o dia foi
marcado pelo visionamento de filmes de “terror”.
Na
escola sede, lembraram-se as tradições de Halloween.
Halloween esfh from Maria Manuela Torres Paredes
Na biblioteca da Escola Egas
Moniz esteve patente uma exposição, da responsabilidade dos professores de
Inglês, podendo, ainda, ficar a conhecer alguns livros cuja temática se associava
a esta festividade. Os alunos puderam, ainda, ver um filme, no espaço da
biblioteca.
Já na Escola Básica de Sta
Luzia a professora bibliotecária enviou a notícia que se segue.
SUSTOS
ARREPIANTES NA ESCOLA DE SANTA LUZIA
No Dia do Halloween, na Escola
EB1 de Santa Luzia, os alunos apareceram disfarçados de fantasmas, vampiros,
bruxas e zombies e brincaram ao famoso “Trick or Treat” com muito entusiasmo.
Houve uma surpresa doce para todos! Todos adoraram aquele delicioso caramelo de
fruta! Hmm que fantasia maravilhosa!
Durante a semana, todos os
alunos assistiram a filmes terríficos e assustadores na BE nos seus tempos
livres. Foi “casa cheia” todos os dias.
Os alunos coloriram figuras
diversas referentes ao tema e expressões verbais nas aulas de Inglês para
preparar com muita alegria e empenho uma exposição da comemoração da atividade
na Biblioteca Escolar.
Foi uma semana muito assustadora, mas muito
divertida!
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
terça-feira, 26 de novembro de 2013
ELP - Sensibilização para as consequências do tabaco
Dia Mundial do Não
Fumador
O projeto ELP (Escreve, Lê, Previne),
coordenado, a nível do Agrupamento, pela professora Alexandra Casteleiro,
pretende “promover ações de saúde, aumentando o conhecimento em relação ao
cancro e prevenindo comportamentos de risco como o consumo tabágico, a
sobre-exposição solar, a alimentação desregrada ou o sedentarismo”. Pretende-se
que essa sensibilização conte com a colaboração ativa dos nossos jovens,
interagindo na comunidade escolar e local.
A biblioteca uniu-se a este projeto e
colaborou com o grupo de estágio da professora Fátima Alpoim, constituído pelo Márcio
Lopes, Soraia Oliveira e pela Helena Antunes, elaborando conjuntamente os
“Maços Literários” que deram lugar a uma atividade de aula desenvolvido pelos
professores estagiários. Estes focaram as suas questões na problemática do
tabagismo, procurando, assim, sensibilizar os jovens para o cancro nos pulmões,
bocal, do esófago; para os fumadores passivos, entre outros. A aula terminou
com uma experiência que mostrava aos alunos a cor do alcatrão existente num
cigarro.
A experiência teve lugar nas turmas 11ºCT2 e
11ºCT7.
Os objetivos desta primeira atividade foram
plenamente conseguidos, servindo, agora, para que estes jovens possam dar
continuidade ao projeto (enquanto voluntários do projeto ELP).
Deixo-vos as fotos das aulas e o testemunho de um aluno
do 11ºCT7, Diogo Pollery.
O TABACO NAS NOSSAS VIDAS
No dia 22 de novembro de 2013, o 11º CT7
assistiu a uma pequena sessão sobre o tabagismo, alertando, assim, para os seus
riscos na vida dos nossos jovens.
O cigarro pode
causar cerca de 50 doenças diferentes, especialmente problemas ligados ao
coração e à circulação, cancros de vários tipos e problemas respiratórios.
Ainda de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) nos países
desenvolvidos 26% das mortes masculinas e 9% das mortes femininas podem ser
atribuídas direta ou indiretamente ao tabagismo, destacando-se, por isso, como uma importante
causa de morte prematura em todo o mundo.
Esta sessão de sensibilização alertou os
fumadores quanto aos riscos que correm e procurou sensibilizá-los para as
vantagens de não fumar, que incluem: bem-estar, respirar sem
problemas e sem tosse, hálito agradável, dentes e dedos sem manchas amarelas,
cheirar a limpo.
O ato de fumar é desnecessário na nossa vida e
na daqueles que sofrem as consequências deste hábito, os fumadores passivos,
que inalam o fumo podendo mesmo contrair algumas doenças.
Se você fuma por ter um problema, ao fumar
terá dois, por isso diga NÃO ao cigarro.
Diogo
Pollery, 11º CT7
terça-feira, 19 de novembro de 2013
domingo, 17 de novembro de 2013
sábado, 16 de novembro de 2013
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
sábado, 2 de novembro de 2013
domingo, 13 de outubro de 2013
domingo, 6 de outubro de 2013
sábado, 5 de outubro de 2013
domingo, 22 de setembro de 2013
domingo, 15 de setembro de 2013
Mensagem a Alunos e Professores
A arte mais importante do professor é a de despertar a alegria pelo trabalho e pelo conhecimento.
«Queridos estudantes!
Regozijo-me por vos ver hoje diante de mim, alegre juventude de um país abençoado. Lembrai-vos de que as coisas maravilhosas que ireis aprender nas vossas escolas são a obra de muitas gerações, levada a cabo por todos os países do mundo, à custa de muito entusiasmo, muito esforço e muita dor. Tudo é depositado nas vossas mãos, como uma herança, para que a aceitem, honrem, desenvolvam e a transmitam fielmente um dia aos vossos filhos. Assim nós, embora mortais, somos imortais nas obras duradouras que criamos em comum. Se tiverem esta ideia sempre em mente, encontrarão algum sentido na vida e no trabalho e poderão formar uma opinião justa em relação aos outros povos e aos outros tempos.»
terça-feira, 2 de julho de 2013
terça-feira, 18 de junho de 2013
segunda-feira, 10 de junho de 2013
sábado, 1 de junho de 2013
Prémio Casa das Ciências 2013
No dia 30 de maio, teve lugar a cerimónia de entrega dos Prémio Casa das Ciências 2013,no Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Aí se encontrava a nossa colega, Maria José Vaz da Costa, para receber o Prémio de Excelência, prova do reconhecimento público do trabalho intitulado "Geometria (analítica) em Guimarães. Parabéns à nossa colega que soube "ver" a nossa cidade com o olhar matemático e nos premiou um trabalho que mostra quão a Matemática é importante, bela....e sempre presente na nossa vida.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
No dia 19 de abril, à semelhança do que tem vindo a acontecer nos anos anteriores, o engenheiro João Silva Pereira dedicou uma sessão de trabalho ao “Trabalho colaborativo”, com a turma 11 TSE.
Uma atividade fundamental, que se vem repetindo, tendo em conta a importância das novas tecnologias na vida escolar e profissional.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
O mar na literatura portuguesa
Ao longo da Semana da Leitura,esteve patente uma pequena exposição sobre "O mar na literatura portuguesa" e "Mensagem" de Fernando Pessoa. Foi, ainda, possível, ver a exposição de livros.
quarta-feira, 24 de abril de 2013
A Vida de Pi
No âmbito da atividade “Um livro…um filme” a equipa da biblioteca selecionou, este ano, o filme “A vida de Pi”. As professoras de Inglês, Cristina Tomé e Alice Alves levaram as suas turmas e, após o seu visionamento, deram continuidade à atividade, já na aula, levando os alunos a refletirem sobre a mensagem transmitida pelo filme.
De que é que falamos, quando falamos de poesia?
No dia 15 de abril, o professor João Salgado de Almeida animou uma sessão de poesia, onde, como já vem sendo hábito, associou diferentes manifestações artísticas, desde a poesia, à fotografia e às instalações…
Os jovens presentes tornaram-se, rapidamente, simpáticos “diseurs” e nem a professora Armandina, de Matemática, resistiu à leitura de um poema…a poesia continua a “navegar” pela escola e ninguém lhe resiste!
P'ró Diabo com o Carpe Diem
No dia 12 de abril, no âmbito da Semana da
Leitura, recebemos o jovem poeta, Pedro Afonso, que veio à nossa biblioteca
para falar do seu primeiro livro de poesia, intitulado “P’ró Diabo com o Carpe
Diem”.
Os nossos jovens ficaram surpresos pelo facto do convidado ser da mesma idade que eles. O efeito foi fantástico: de repente, ouvir alguém falar de poesia já não era enfadonho…a poesia ganhou outra força e o Pedro Afonso, com a sua jovem maturidade, conquistou os presentes! A verdade é que, quando se fala de algo que construímos com paixão, esta toma conta de tudo à sua volta e contagia.Obrigada Pedro Afonso pela tua determinação, por mostrares aos “teus colegas” que o “Sonho comanda a Vida” e que é preciso que saibamos Viver Sonhando, para alcançarmos os nossos objetivos. Parabéns e Felicidades! |
terça-feira, 23 de abril de 2013
Dia mundial do livro
O dia mundial do livro comemora-se hoje, ora vejam este brilhante filme de animação!
Os Meus Livros
Os meus livros (que não sabem que existo)
São uma parte de mim, como este rosto
De têmporas e olhos já cinzentos
Que em vão vou procurando nos espelhos
E que percorro com a minha mão côncava.
Não sem alguma lógica amargura
Entendo que as palavras essenciais,
As que me exprimem, estarão nessas folhas
Que não sabem quem sou, não nas que escrevo.
Mais vale assim. As vozes desses mortos
Dir-me-ão para sempre.
Jorge Luis Borges, in "A Rosa Profunda"
sexta-feira, 12 de abril de 2013
domingo, 7 de abril de 2013
quinta-feira, 4 de abril de 2013
quinta-feira, 28 de março de 2013
Boa Páscoa!
Lib4tech com "openprocessing"
quinta-feira, 21 de março de 2013
Ano da Matemática do Planeta Terra (MPT2013)
O dia 5 de março marca a abertura oficial do Ano da Matemática do Planeta Terra (MPT2013), uma iniciativa internacional organizada sob a égide da UNESCO e dirigida, em Portugal, por um Comité Nacional que reúne o Ministério da Educação e Ciência e o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Para além dos Museus de Ciência, Universidades e Centros Ciência Viva, muitas mais organizações estarão envolvidas em ações relacionadas com o Ano MPT2013, como a Associação de Professores de Matemática, a Sociedade Portuguesa de Matemática, o Centro Internacional de Matemática, entre outras. Para mais informações sobre atividades, materiais pedagógicos ou submissão de eventos, sugerimos a consulta do sítio Ano Internacional MPT2013_U.PORTO
quinta-feira, 14 de março de 2013
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
RUI SOUSA BASTO NA ESCOLA SECUNDÁRIA FRANCISCO DE HOLANDA
No dia 7 de fevereiro, pelas 15:30 horas, a nossa escola recebeu o autor Rui Sousa Basto, autor da obra Contos do Efémero , que encontrou um auditório repleto de jovens a frequentar o 10º ano. Aí se encontrava, também, a turma do 11º AV1 e alguns alunos do 12º AV2. A presença destas últimas teve uma importância particular, já que estas turmas trabalharam os contos do ponto de vista plástico, sob a orientação da sua professora Alexandra Jordão, ilustrando-os, sabendo transmitir para os seus trabalhos a essência dos contos. As turmas do 10º ano (AV1, CT5, CT10, LH4 e CT12), por seu lado, trabalharam alguns contos com as suas professoras de Português (professoras: Isabel Antunes, Helena Gonçalves, Luísa San Roman, Rosário Ferreira e Graça Gonçalves), que os motivaram a participar ativamente, quer lendo quer colocando questões muito pertinentes em relação à mensagem veiculada pelos textos lidos.
A apresentação foi da responsabilidade da colega Rosário Ferreira, que moderou, também, as intervenções dos jovens.
Após a apresentação do autor, um grupo de alunos (orientados pela Elinete Megda, que ensaia os nossos jovens pertencentes ao grupo de teatro da escola) representou um texto, resultante de uma junção de múltiplas passagens dos contos e que nos presentearam com um bom momento de dramatização.
Um balanço muito positivo para esta atividade que, acima de tudo, tinha um objetivo maior: motivar os nossos alunos para a leitura, desenvolvendo o seu espírito crítico, só possível com o envolvimento de todos.
Não conhecia Rui Sousa Basto. Nunca tinha lido nada de Rui Sousa Basto e a Manela desafiou-me a fazer esta apresentação. Deitei mãos à obra – ou melhor ao teclado – e “googlei”. Não me apetecia fazer uma apresentação académica, bolorenta do tipo: “Rui Sousa Basto nasceu…”. Sou mais do tipo Mário de Sá Carneiro (“quando em morrer batam em latas”) e procurei frases que me ajudassem a conhecer Rui Sousa Bastos. Aqui ficam as que me ilustraram o homem, o escritor e o engenheiro – que não é Álvaro de Campos.
•“Nasci em 61 do século passado, quando rebentou a guerra em Angola, embora isso nada tenha a ver comigo, nem a guerra nem Angola. Foi uma coincidência de que me apercebi muito mais tarde, (…)
•Na puberdade lia Sartre, Boris Vian, Pessoa, Almada, Eça, Cesário Verde, Hemingway, Garcia Marquez, Huxley, Thomas Mann, Kerouac, Orwell, Kafka, Camus, Neruda, Hermann Hess ….
•Ouvia muita música, principalmente jazz e sucedâneos, mas também o rock sinfónico de Gentle Giant, King Crimson, Genesis e de outros facínoras da mesma laia, além de Bossa Nova e das canções de intervenção política do Sérgio, Zeca e do resto da malta. Também me deliciava com Beethoven, Mozart, Bach e demais compositores do necrotério da música erudita.
•Sou português de gema, clara e casca,
•Formei-me em Engenharia Química, depois em Engenharia e Gestão Industrial e, mais tarde, tirei uma Pós-graduação em Gestão de Empresas, tornando-me num autêntico especialista em generalidades.
•Gosto do mar, do rio e da fluidez da água nas suas variadas manifestações e nos seus diversos movimentos.
•Interesso-me por ciência em geral, mas nutro um carinho especial pela física e, por isso, sou um fã [de] Galileu, Newton, Einstein, Maxwell, Eisenberg, Planck e tantos outros.
•Desde menino que me dizem que tenho jeito para escrever e, de facto, para meu espanto, uma parte dos meus rendimentos profissionais resultam de teclar textos para isto e aquilo, mais aquilo e aqueloutro.
•Há cerca de um ano atrevi-me na literatura com aspas, aspas e mais aspas, e acabei por escrever alguns desvarios que vou guardando na gaveta dos vómitos, mas sempre com a esperança secreta de que esses escritos tenham algum valor literário, seja lá o que isso for
•Falta dizer, talvez, que sou adepto do Futebol Clube do Porto e que perdoo todas as atitudes do Pinto da Costa como quem perdoa as travessuras de um filho. Ámen.”
Porém, a frase que mais de encantou foi a sua definição de identidade, e ela aqui vai: “A definição da identidade depende dos atributos que escolhemos para a qualificar.” Mais: “a identidade é aquilo que nós somos e a imagem é a maneira como os outros nos vêem.”
Portanto, vou falar sobre a imagem que tenho do Rui, sobre como eu o “vi” depois de “entrar” nos Contos do Efémero.
Li alguns dos contos do efémero e apeteceu-me falar deles: do título, dos títulos.
Não os li todos. Acho que este é um daqueles livros que se deve ir lendo. Se lermos tudo de seguida acaba demasiadamente depressa, é como quando trincamos o chocolate, e o chocolate não é para ser trincado, é para ir derretendo entre a língua e o palato, para que o seu pleno sabor possa ser absorvido totalmente por todas as nossas papilas gustativas. Por isso, decidi, ao fim meia dúzia de contos, que escolhi ao acaso – apenas deixando ao destino a seleção das folhas por onde ir abrindo a obra – decidi, dizia eu, que não iria lê-los todos, que alguns, que divagaria à volta dos seus títulos e que, depois, aos poucos, iria confrontar o que eu pensava que os contos me iriam dizer com o que os contos me disseram.
Fui ao índice: (prometo que só vou falar de alguns)
Sete vidas – gatos; o gato Pantufa que havia em minha casa muitos anos antes de eu nascer, mas que ficou para sempre na memória da família por ter morrido quando os pasteleiros acenderam o forno a lenha e não viram que o bichano dormia a sesta na estufa!!! (já tinha gasto as outras seis)
Duelo – Aqui a minha alma de eterna romântica viajou de imediato até ao século XVIII, aos duelos de honra, às donzelas de honra resgatada… Lembrei-me de Veneza! De Casanova, não sei porquê, mas quando lá estive imaginei-o em duelos acirrados equilibrado na pequena proa de uma gôndola enquanto a embarcação andava à deriva pelos estreitos canais (ainda não li!)
Bibliofilia – filha dos livros? Não sei, acho que sou. Mas também dos filmes que vi, das músicas que ouvi, dos debates que escutei. Fui lê-lo! Adorei, embora me tivesse lembrado os anos 80, em que os novos-ricos compravam “livros falsos” para encherem as prateleiras das bibliotecas.
Génesis – não sei se vou pela bela metáfora da criação, se prefiro pensar em Phil Collins! É que quando “Deus viu que tudo era bom”, ainda não havia políticos, nem políticos, nem políticos (será que Deus também se arrepende?)
Words, Words, Words - Words, don’t como easy to me… vá lá saber-se porque diabo me lembrei desta música de F.R: David, meu Deus!!! Se calhar foi porque nos meus loucos anos 80 a ouvi até o disco ficar riscado (com os mp4 isso não acontece!)
O Sábio – O Sabichão!! Era um jogo muito engraçado que eu jogava com os meus irmãos. Juro que ainda não percebi como é que o boneco sabia tudo!!! (este tenho que ler)
Um Casamento Feliz – cheirou-me a novela da TVI, ou então a Nicolas Spark. Não gosto nem de um nem de outro. E no entanto li o conto: fabulástico!!!
Desafinação – ainda embalada pelos últimos acordes da FOE e pelas últimas “batutadas” de Rui Massena, não resisti a ler este conto. Mas quando reli o título, não foi da CEC 2012 que me lembrei, mas de uma voz que há mais de 40 anos me atirou, num ensaio do grupo coral das crianças da paróquia com a terrível sentença: “a menina desafinou, vai para a fila de trás!” Escusado será dizer que nunca mais fui para o grupo das crianças (tem piada, mas depois cantei no dos adultos! Enfim!) Eu acho é que se o sr. Afonso tentasse ensaiar os deputados não haveria “filas de trás” que chegasse!
O editor – tinha que ler o último! Confesso que o título não era dos que mais me atraía mas, enfim! Li-o, e lembrei-me logo de uma aula que dei no início deste ano letivo. Pedi aos meus alunos que lessem, em silêncio um texto, para depois o trabalharmos. De imediato ouvi uma voz (juro que já não sei quem foi) “Ó stora, isto tudo?!” convém esclarecer que o texto tinha a escandalosa extensão de uma página e meia (contando com a ilustração).
Rui, permita-me escolher só um atributo para qualificar a sua identidade, aquela que encontrei nos seus textos: surpreendente! É impressionante a viagem na memória dos tempos que este livro, tão efémero, conseguiu eternizar.
Apresentação de Rui Sousa Basto
Rosário Ferreira
•“Nasci em 61 do século passado, quando rebentou a guerra em Angola, embora isso nada tenha a ver comigo, nem a guerra nem Angola. Foi uma coincidência de que me apercebi muito mais tarde, (…)
•Na puberdade lia Sartre, Boris Vian, Pessoa, Almada, Eça, Cesário Verde, Hemingway, Garcia Marquez, Huxley, Thomas Mann, Kerouac, Orwell, Kafka, Camus, Neruda, Hermann Hess ….
•Ouvia muita música, principalmente jazz e sucedâneos, mas também o rock sinfónico de Gentle Giant, King Crimson, Genesis e de outros facínoras da mesma laia, além de Bossa Nova e das canções de intervenção política do Sérgio, Zeca e do resto da malta. Também me deliciava com Beethoven, Mozart, Bach e demais compositores do necrotério da música erudita.
•Sou português de gema, clara e casca,
•Formei-me em Engenharia Química, depois em Engenharia e Gestão Industrial e, mais tarde, tirei uma Pós-graduação em Gestão de Empresas, tornando-me num autêntico especialista em generalidades.
•Gosto do mar, do rio e da fluidez da água nas suas variadas manifestações e nos seus diversos movimentos.
•Interesso-me por ciência em geral, mas nutro um carinho especial pela física e, por isso, sou um fã [de] Galileu, Newton, Einstein, Maxwell, Eisenberg, Planck e tantos outros.
•Desde menino que me dizem que tenho jeito para escrever e, de facto, para meu espanto, uma parte dos meus rendimentos profissionais resultam de teclar textos para isto e aquilo, mais aquilo e aqueloutro.
•Há cerca de um ano atrevi-me na literatura com aspas, aspas e mais aspas, e acabei por escrever alguns desvarios que vou guardando na gaveta dos vómitos, mas sempre com a esperança secreta de que esses escritos tenham algum valor literário, seja lá o que isso for
•Falta dizer, talvez, que sou adepto do Futebol Clube do Porto e que perdoo todas as atitudes do Pinto da Costa como quem perdoa as travessuras de um filho. Ámen.”
Porém, a frase que mais de encantou foi a sua definição de identidade, e ela aqui vai: “A definição da identidade depende dos atributos que escolhemos para a qualificar.” Mais: “a identidade é aquilo que nós somos e a imagem é a maneira como os outros nos vêem.”
Portanto, vou falar sobre a imagem que tenho do Rui, sobre como eu o “vi” depois de “entrar” nos Contos do Efémero.
Li alguns dos contos do efémero e apeteceu-me falar deles: do título, dos títulos.
Não os li todos. Acho que este é um daqueles livros que se deve ir lendo. Se lermos tudo de seguida acaba demasiadamente depressa, é como quando trincamos o chocolate, e o chocolate não é para ser trincado, é para ir derretendo entre a língua e o palato, para que o seu pleno sabor possa ser absorvido totalmente por todas as nossas papilas gustativas. Por isso, decidi, ao fim meia dúzia de contos, que escolhi ao acaso – apenas deixando ao destino a seleção das folhas por onde ir abrindo a obra – decidi, dizia eu, que não iria lê-los todos, que alguns, que divagaria à volta dos seus títulos e que, depois, aos poucos, iria confrontar o que eu pensava que os contos me iriam dizer com o que os contos me disseram.
Fui ao índice: (prometo que só vou falar de alguns)
Sete vidas – gatos; o gato Pantufa que havia em minha casa muitos anos antes de eu nascer, mas que ficou para sempre na memória da família por ter morrido quando os pasteleiros acenderam o forno a lenha e não viram que o bichano dormia a sesta na estufa!!! (já tinha gasto as outras seis)
Duelo – Aqui a minha alma de eterna romântica viajou de imediato até ao século XVIII, aos duelos de honra, às donzelas de honra resgatada… Lembrei-me de Veneza! De Casanova, não sei porquê, mas quando lá estive imaginei-o em duelos acirrados equilibrado na pequena proa de uma gôndola enquanto a embarcação andava à deriva pelos estreitos canais (ainda não li!)
Bibliofilia – filha dos livros? Não sei, acho que sou. Mas também dos filmes que vi, das músicas que ouvi, dos debates que escutei. Fui lê-lo! Adorei, embora me tivesse lembrado os anos 80, em que os novos-ricos compravam “livros falsos” para encherem as prateleiras das bibliotecas.
Génesis – não sei se vou pela bela metáfora da criação, se prefiro pensar em Phil Collins! É que quando “Deus viu que tudo era bom”, ainda não havia políticos, nem políticos, nem políticos (será que Deus também se arrepende?)
Words, Words, Words - Words, don’t como easy to me… vá lá saber-se porque diabo me lembrei desta música de F.R: David, meu Deus!!! Se calhar foi porque nos meus loucos anos 80 a ouvi até o disco ficar riscado (com os mp4 isso não acontece!)
O Sábio – O Sabichão!! Era um jogo muito engraçado que eu jogava com os meus irmãos. Juro que ainda não percebi como é que o boneco sabia tudo!!! (este tenho que ler)
Um Casamento Feliz – cheirou-me a novela da TVI, ou então a Nicolas Spark. Não gosto nem de um nem de outro. E no entanto li o conto: fabulástico!!!
Desafinação – ainda embalada pelos últimos acordes da FOE e pelas últimas “batutadas” de Rui Massena, não resisti a ler este conto. Mas quando reli o título, não foi da CEC 2012 que me lembrei, mas de uma voz que há mais de 40 anos me atirou, num ensaio do grupo coral das crianças da paróquia com a terrível sentença: “a menina desafinou, vai para a fila de trás!” Escusado será dizer que nunca mais fui para o grupo das crianças (tem piada, mas depois cantei no dos adultos! Enfim!) Eu acho é que se o sr. Afonso tentasse ensaiar os deputados não haveria “filas de trás” que chegasse!
O editor – tinha que ler o último! Confesso que o título não era dos que mais me atraía mas, enfim! Li-o, e lembrei-me logo de uma aula que dei no início deste ano letivo. Pedi aos meus alunos que lessem, em silêncio um texto, para depois o trabalharmos. De imediato ouvi uma voz (juro que já não sei quem foi) “Ó stora, isto tudo?!” convém esclarecer que o texto tinha a escandalosa extensão de uma página e meia (contando com a ilustração).
Rui, permita-me escolher só um atributo para qualificar a sua identidade, aquela que encontrei nos seus textos: surpreendente! É impressionante a viagem na memória dos tempos que este livro, tão efémero, conseguiu eternizar.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
La chandeleur
Aproveitando a tradição francesa, celebrada a 2 de fevereiro, as professoras de Francês, Emília Silva e Manuela Paredes, organizaram uma pequena atividade na biblioteca, procurando, deste modo, motivar os alunos para a aprendizagem da língua francesa, através de atividades lúdicas mobilizadoras de conhecimentos culturais.
As professoras tinham já preparado a sala anexa à biblioteca com os crepes e as compotas. Quando os alunos chegaram puderam assistir a um vídeo sobre a tradição em causa, ao qual se seguiu uma ficha de trabalho, baseado nas informações fornecidas pelo vídeo. Realizada e corrigida a ficha num ambiente informal, que reuniu as turmas do 10º e 11º anos do Curso Técnico de Secretariado, seguiu-se o momento em que todos puderam deliciar-se com os famosos crepes franceses, característicos desta ocasião festiva.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Encontro com… Julie Hodgson
No dia 24 de janeiro a escritora Julie Hodgson deslocou-se à Escola Secundária Francisco de Holanda, para apresentar o livro “Jodie e o cartão da biblioteca”, a convite da biblioteca escolar. Para ouvi-la estiveram os alunos das turmas 10º LH1, com a profª Alice Alves; 10º CT1, com a profª Cristina Tomé; 10º CT13, com o prof. Joaquim Silva e o 11º CT1, com a profª Fernanda Salgado.
A apresentação da autora foi da responsabilidade da professora Cristina Tomé, pertencente à equipa da biblioteca.
A autora conquistou o auditório! Para a equipa da biblioteca fica o voto que os nossos jovens tenham sido cativados para a leitura que, neste caso, poderá ser feita em português e inglês.
Até breve…e, como diz Julie Hodgson:
Always be the very best you can be!
A aparição do mundo
Reunida a obra poética de Carlos Poças Falcão é de uma intensidade excepcional
Texto António Guerreiro
Texto António Guerreiro
Discreto e pouco prolixo, Carlos Poças Falcão publicou de 1987 até hoje meia dúzia de livros e alguns poemas avulsos. Reunidos agora num só volume, que inclui alguns inéditos, eles ganham uma dimensão perante a qual não podemos ser cegos nem sóbrios: trata-se de uma obra poética poderosa que se mede pelos mais altos critérios de exigência, quer no trabalho extremamente minucioso e rigoroso da composição quer na intensidade com que ela se põe a caminho daquilo a que Mallarmé chamava "a explicação órfica da terra", que ele dizia ser "o ' único dever do poeta e o jogo literário por excelência". E, dizendo isto, estamos a sugerir duas coisas: que Carlos Poças Falcão é um poeta órfico (pertence à família de um Herberto Hélder, algo que é mais notório nos seus primeiros livros); e que há nele a pulsão trágica do todo e do infinito, reiterada na palavra "mundo", que embora declinada em figurações laicas, ganha ressonâncias teológicas: "Eis o coração do mundo, a forma do mundo/ em que a velocidade salta, a vida alastra/em fulcros, numa violência habitual,/árdua e descontínua com uma cabeça a ver/ cada maravilha, os vulcões, as zonas fundas/ e esses incansáveis ani-' mais, do seu nome/ despegados, as pregas do mar e as contínuas/ polinizações, solares ventilações,/ tudo a afluir a uma cabeça acelerada,/ uma alma rotativa de grinaldas, tempos/ a soprar nos frutos, por jóias incrustadas/ numa ondulação, uma forma, um coração". Este poema, do livro "Três Ritos", de 1993, pertence a uma fase de grande exuberância imagética (nos seus últimos livros, Carlos Poças Falcão tende para um discurso lapidar e elíptico), em que a palavra poética, por força da proferição, parece instaurar – e não representar – “a forma do mundo”.
Mas o que é um poeta órfico? Quando se fala de orfismo, pensa-se imediatamente nos hinos órficos, nos cantos em honra dos deuses. Aquilo que na modernidade se chamou "poesia pura" não, é senão uma poesia que segue o caminho inverso da secularização e experimenta um ressurgimento religioso, evoca um fundo cultural. Esta poesia que tem o carácter de hino - opondo-se à lírica burguesa moderna - parece ressuscitar aquilo que a modernidade tinha eclipsado: uma harmonia austera e um pressuposto teológico. A poesia de Carlos Poças Falcão pode ser lida com base neste pressuposto (mas o conhecimento científico não é nela menos importante) com tudo aquilo que ele implica de "desaparecimento elocutório" do Eu do poeta, como dizia Mallarmé. É por isso que ela é tão impessoal: porque é a experiência de uma voz e não de um Eu; e tão a-histórica: porque é uma proferição sem tempo, em que o aqui e agora abre sempre o abismo da intemporalidade e reatualiza a fundação e a expansão do mundo: "Quando uma passada ritmar o pensamento/ a terra aparece a mover-se arcaicamente./ Ajusta-se em destino, a dor, nesse desejo/ de iluminar perguntas, a ouro, em incisões. mas a vida expande, redobra, infunde rirmos/ para que os pulmões, os membros, as cabeças amem ir assim, numa passada.
Talvez chames/ alegria ao coração, ao passo, o movimento". A dialética holderliniana do "orgânico" (o particular, o limitado, a ordem, a forma) e do "aórgico" (o universal, o ilimitado, o infinito, o informe) encontra nesta obra poética uma atualização muito evidente.
Fácil é perceber, pelo que atrás foi dito, que se trata de uma poesia que, sem quaisquer ilusões nem ingenuidades (pelo contrário, ela revela uma profunda autoconsciência), se dirige numa direção em que se defronta voluntariamente com o que a modernidade eclipsou: o orfismo e o hino como canto de louvor e celebração.
oguerreiroxpresso.impresa.pt
in Expresso/22 de dezembro de 2012/ATUAL/32
sábado, 5 de janeiro de 2013
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