segunda-feira, 22 de maio de 2023

Escrita Criativa - "Just Say NO to Bullying & Make a Difference"

Venci o Bullying

 

Olá, eu sou a Mariana, e fui vítima de bullying.

A minha história começa aos 14 anos, quando andava no 8º ano.

Tinha acabado de me mudar de escola, pois não me estava a conseguir integrar na outra e os meus pais achavam que o melhor a fazer seria mudar. As minhas notas não eram as melhores, digamos que não era a pessoa mais inteligente. Era desleixada e não me preocupava muito com a minha aparência, já tinha ouvido alguns comentários negativos, porém, eu ainda era muito nova para me importar e também não eram comentários muito agressivos.

Mas tudo mudou quando comecei a entrar na fase da adolescência, onde realmente os comentários começaram a influenciar a minha autoestima.

Tinha acabado de sair do 7º ano quando fui para a escola que me mudou por completo.

Na minha turma havia uma menina que começou a gozar comigo. No início, achava que era apenas uma brincadeira até começar a ser sistemático. Gozava com o facto de eu ter sobrancelhas grossas e por andar sempre com o cabelo desarrumado.

Quando começou a ser sistemático e me começou realmente a afetar, que foi na época da puberdade, onde qualquer comentário negativo nos toca, comecei a entrar num estado de profunda tristeza, pois não me conseguia defender, já que para além de ser uma contra muitos, tinha muita vergonha. Quando chegava a casa chorava sozinha no quarto e perguntava-me o que tinha feito de errado para merecer o que se estava a passar comigo. Mas houve um dia em que a minha avó, que me é muito querida até hoje, me deu uma lição que mudou a minha maneira de pensar. A frase de que me lembro, e que nunca mais me saiu da cabeça, e que foi responsável pela minha mudança foi: “Não deixes que o ruído da opinião alheia te impeça de escutar a tua voz interior”.

Passei o fim de semana inteiro a pensar sobre isso e decidi que não iria ligar mais para o que os outros diziam. E assim fiz!

No dia seguinte, fui para a escola e, logo na primeira aula, a menina veio ter comigo e, mais uma vez, disse que eu parecia uma bruxa com o cabelo como estava. Olhei para ela já farta daquela brincadeira toda e, sem dizer uma única palavra, passei por ela, ignorando-a. Ela ficou indignada e ainda mais irritada por eu não ter reagido e, então, sentou-se na mesa dela e começou a aula como se nada tivesse acontecido.

A partir desse dia, os insultos foram abrandando, não de uma vez só, porém, chegou a um momento que parou.

E foi então que percebi que as pessoas amadurecem quando todos falam mal de nós e simplesmente ignoramos, porque temos de entender que a opinião dos outros é um problema deles e não nosso.

Letícia Alves e Lara Barbosa


Imagem1: Venci o Bullying

Vítima de Bullying: para a vida

        Olá, eu sou a Joana Flor, tenho 15 anos e fui vítima de Bullying. Frequentava a escola José Martins 2,3 Básica Viana do Castelo. Sofri bullying porque, aos meus dois anos, eu já tinha a doença diagnosticada (a Obesidade).

Ao longo do meu percurso escolar e, por causa do peso, tinha dificuldades em me deslocar. Eu era “fora do padrão da sociedade”! Vivenciei maus-tratos dos colegas da escola que, por ser gordinha, me chamavam “baleia”, o que me fazia sentir muito mal. Para além disso, ninguém gostava de mim. Como sou extremamente tímida, estava sempre sozinha nos intervalos, nunca entrei no grupo das brincadeiras das minhas colegas. Quando estava a lanchar, vinham-me tirar o lanche, porque diziam que não precisava de comer que já estava gorda que chegasse.

Tudo isto fez com que começasse a perder cada vez mais a minha autoestima. Falei com os meus pais, que não estava bem com o meu corpo, eles levaram-me a um nutricionista, comecei a fazer dieta, mas não aguentei.

Os anos foram passando e, com apenas 16 anos, tinha 90kg. Fui internada e sujeita a tratamentos durante 2 anos. Aos 18 fiz uma operação, a lipoaspiração, e o meu sonho realizou-se.

Fiquei com 70kg.  A recuperação foi lenta, ganhei força de vontade e fiz a dieta.

Entrei no padrão da sociedade, mas continuo a ser acompanhada, pois não consigo superar o trauma vivido na escola! Hoje, tenho fobia social, mas espero, no futuro, poder ter uma vida “normal”.

                                                                                                                              Diana, Jorge, Afonso


Bullying por não ser português

José era um rapaz brasileiro, que, em 2016, veio do Brasil para Portugal, ficando a viver em Setúbal, Lisboa. Esse ano foi muito difícil para ele, pois por ser brasileiro, foi vítima de preconceito! Os colegas atiravam-lhe comida podre, chegando a ameaçá-lo de morte, apenas por ser brasileiro.

Face a esta situação, o José foi apresentar queixa aos professores e aos funcionários da escola, mas estes ignoraram as suas queixas.

Os pais queixaram-se ao diretor, mas nada mudou. Perante esta falta de atenção por parte dos professores e funcionários, José e a sua família viram-se obrigados a procurar outra cidade para morar. Os pais decidiram procurar uma cidade pequena, calma, onde o seu filho pudesse estudar e ser respeitado.

Hoje, José frequenta uma escola tranquila, que o aceita como igual, pois afinal, a única coisa que o diferencia é a sua nacionalidade.

                                                                                                                                Rafael


Victim of Bullying: let her be an Angel

She was the most precious human being I have ever met. Even though she was shorter, darker, and a bit overweight, she never let that stop her from being the most joyful person I have ever met.

Some people had a problem with her being different, so they bullied her. They hit her, spat on her, through all types of foods and drinks at her, pushed her into hard surfaces, knocked everything out of her hands; all the time, locked her in rooms around the school and they never even had a conversation with her.

One day she was walking home from school and realized they were following her. She started running towards her house, but they were faster than her. They hit her until she fell onto the sandy ground and started to kick her; until she started spitting out blood.

After 3 years of being bullied by these people, she decided to speak up and ask for help after being in the hospital for 2 months, recovering from her last beat up from them.

No one helped her, no one believed her, no one saved her. She decided to take her own life a few weeks after leaving the hospital. After they beat her up, for one last time, she went home and hung herself in the garage. Her mom found her and the note she had left behind.

After the whole school found out at the assembly, no one was ever the same. The people that bullied her got expelled from school and no one saw them ever again.

We lost a true angel that did not deserve any of that horrible treatment. She will be missed. Rest in peace, Angel.

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