domingo, 29 de novembro de 2015

BIBLIOTECA VIVA

BIBLIOTECA VIVA
  No dia 27 de novembro a biblioteca recebeu quatro livros, que, durante 20 mn contaram a sua história. A organização desta atividade foi da responsabilidade da DESINCOOP - Desenvolvimento Económico, Social e Cultural, CRL e a nossa biblioteca aceitou, com muito agrado, o convite. As nossas alunas do 12º Técnico de Comércio e 10º Técnico de Marketing, apoiaram o secretariado da atividade. Participaram na atividade as turmas 10ºCT4 e 11ºCT7 e as professoras Leonor Remísio e Carla Santos.

 Livro 1
Título
Mulher Cigana (entre o Bairro, a Escola e o Trabalho)
Resumo
Vanessa Matos, uma jovem cigana de 21 anos com sonhos para realizar. Concluiu o 12º ano num curso Profissional como TAS (Técnica Auxiliar de Saúde). Atualmente é dinamizadora comunitária do projeto Geração Tecla E5G, financiado pelo Programa Escolhas, promovido pela Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Braga, e imagem das mudanças da comunidade cigana.

Livro 2
Título
Não Amaldiçoes a Escuridão, Acende uma Vela
Resumo
Perseguição sistemática do Governo do Irão às minorias, em especial aos membros da Fé Bahá’í. Com a atitude construtiva e resiliência, a Comunidade Bahá’í está a alterar a sociedade ao nível do pensamento e da ação.

Livro 3
Título
A rapariga que procurava histórias improváveis
Resumo
Quando era estudante, Patrícia Carvalho gostava de ver séries e filmes sobre a Segunda Guerra Mundial. Depois de se tornar jornalista e de visitar um dos campos de concentração mais terríveis de sempre, o de Auschwitz, foi à procura dos prisioneiros que não se sabia sequer que existiam: os portugueses. A busca levou-a a quatro países e o que descobriu mudou a forma como vemos a relação dos portugueses com a guerra e os campos de morte de Adolfo Hitler.

Livro 4
Título
O militante
Resumo
As ideias foram ao longo da sua vida um instrumento para sobreviver e uma razão para viver. No final, restava-lhe este património, uma vida singular para partilhar, através de uma herdeira encontrada já nos finais de uma vida atribulada.


Alguns testemunhos
Cada livro falava de uma história diferente, sobre culturas diferentes. A apresentação dos livros foi feita por pessoas próximas dos relatos apresentados. O meu grupo ouviu dois livros. O primeiro livro foi apresentado por uma senhora nascida no Irão, que relatou o início da emancipação feminina no seu país de origem. Este movimento nasceu em meados do século XIX, quando um jovem chamado Báb afirmou que as mulheres e os homens deveriam ter os mesmos direitos. Este movimento foi condenado pelos sacerdotes muçulmanos que, na época, tinham grande influência na sociedade. Como resposta a este movimento os sacerdotes mandaram cometer enormes atrocidades, como, por exemplo, a morte e o desmembramento do corpo dos seguidores deste movimento. Contudo, as ideias deste movimento começaram a espalhar-se e, gradualmente, foram-se implementando no Irão e noutros países do mundo. É, no entanto, um movimento ainda pouco aceite pelo clero muçulmano. O título do livro é “luta contra a escuridão, acende uma vela” e a ideia que este quis transmitir é que devemos lutar pelos nossos sonhos e não devemos por isso aceitar a realidade que não queremos para nós.
O segundo livro foi apresentado por uma jovem de etnia cigana. O título do livro é “sentir cigano” e a ideia que pretendeu transmitir é que independentemente da nossa cultura, todos temos sonhos, ou seja, apesar das nossas diferenças culturais, todos somos humanos e temos sonhos que gostaríamos de realizar. A jovem começou por explicar um pouco da cultura cigana. Explicou que a comunidade cigana é muito unida, para o bem e para o mal, que é uma comunidade onde as famílias são numerosas e as raparigas tem algumas limitações no que toca a direitos. Por exemplo, estas só fazem parte da escolaridade obrigatória, pois têm de casar virgens e como aos 12/13 anos ocorre a entrada na adolescência, que se traduz numa mudança a nível sentimental, para prevenir futuros relacionamentos com outro que não seja o marido pretendido, a rapariga é retirada da escola. Outro exemplo das limitações da rapariga cigana é a educação que recebe para cuidar dos filhos, respeitar o marido e tratar da lida da casa e a pressão que os progenitores exercem sobre a menor para que esta siga a tradição cigana e se torne numa feirante. A jovem demonstra, assim, que independentemente da nossa cultura devemos seguir os nossos sonhos e procurar criar laços com pessoas que nos apoiam. Esta jovem tinha o sonho de seguir o seu percurso académico e com o apoio do seu avô e do seu pai, conseguiu tirar o décimo segundo ano e, atualmente, pretende entrar para a universidade.
Acho que este tipo de iniciativas são importantes, pois, por vezes, nós não nos apercebemos que o mundo não é igual à nossa cidade, existem culturas, maneiras de pensar e tradições diferentes em todo o lado. Acho, portanto, que esta atividade é de extrema importância, pois dá-nos a conhecer realidades diferentes das nossas.
Na minha opinião foi uma atividade bem planeada e o conteúdo transmitido interessante e inspirador, pelo que devem continuar a realizar-se.

Nome: André Chanoca
Turma: 10ºCT4


Na minha opinião, esta iniciativa de trazer uma pessoa relacionada com um estereótipo para a biblioteca, sob a forma de um "livro vivo" foi muito positiva para mim e para todos os participantes.
Acho que alguns dos estereótipos apresentados são atuais e comuns a todos. Para além disso, permitiu-me contactar com realidades que desconhecia.
No geral, gostei da atividade e acho que foi bom poder conhecer um pouco outras culturas e perceber o seu ponto e vista sobre alguns assuntos, e ficar também a saber um pouco mais sobre esses temas.
Nome: João Correia
Turma: 10ºCT4

Eu gostava de ter ouvido todos os livros, mas o que mais me sensibilizou foi o livro "A rapariga", pois falava sobre a segunda guerra mundial e sobre os campos de concentração (os portugueses que lá estiveram), até vimos uma carta de entrada nos campos de concentração, e este assunto sempre me atraiu.
"O militante" referia-se essencialmente a um caso, mas foi interessante saber a vida de pessoas que foram obrigadas a sair de Portugal, em busca de uma vida melhor e acabaram por ir para o campo de concentração.
Acho que este tipo de atividade chama bastante a atenção e desperta curiosidade.

Nome: Vera Sousa
Turma: 10ºCT4

              


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