BIBLIOTECA VIVA
No dia 27 de novembro a biblioteca recebeu
quatro livros, que, durante 20 mn contaram a sua história. A organização desta
atividade foi da responsabilidade da DESINCOOP - Desenvolvimento Económico,
Social e Cultural, CRL e a nossa biblioteca aceitou, com muito agrado, o
convite. As nossas alunas do 12º Técnico de Comércio e 10º Técnico de
Marketing, apoiaram o secretariado da atividade. Participaram na atividade as turmas 10ºCT4 e 11ºCT7 e as professoras Leonor Remísio e Carla Santos.
Livro 1
Título
Mulher
Cigana (entre o Bairro, a Escola e o Trabalho)
Resumo
Vanessa
Matos, uma jovem cigana de 21 anos com sonhos para realizar. Concluiu o 12º ano
num curso Profissional como TAS (Técnica Auxiliar de Saúde). Atualmente é
dinamizadora comunitária do projeto Geração Tecla E5G, financiado pelo Programa
Escolhas, promovido pela Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Braga, e
imagem das mudanças da comunidade cigana.
Livro 2
Título
Não
Amaldiçoes a Escuridão, Acende uma Vela
Resumo
Perseguição
sistemática do Governo do Irão às minorias, em especial aos membros da Fé
Bahá’í. Com a atitude construtiva e resiliência, a Comunidade Bahá’í está a
alterar a sociedade ao nível do pensamento e da ação.
Livro 3
Título
A
rapariga que procurava histórias improváveis
Resumo
Quando
era estudante, Patrícia Carvalho gostava de ver séries e filmes sobre a Segunda
Guerra Mundial. Depois de se tornar jornalista e de visitar um dos campos de
concentração mais terríveis de sempre, o de Auschwitz, foi à procura dos
prisioneiros que não se sabia sequer que existiam: os portugueses. A busca
levou-a a quatro países e o que descobriu mudou a forma como vemos a relação
dos portugueses com a guerra e os campos de morte de Adolfo Hitler.
Livro 4
Título
O
militante
Resumo
As
ideias foram ao longo da sua vida um instrumento para sobreviver e uma razão
para viver. No final, restava-lhe este património, uma vida singular para
partilhar, através de uma herdeira encontrada já nos finais de uma vida
atribulada.
Alguns testemunhos
Cada livro falava de uma história
diferente, sobre culturas diferentes. A apresentação dos livros foi feita por
pessoas próximas dos relatos apresentados. O meu grupo ouviu dois livros. O
primeiro livro foi apresentado por uma senhora nascida no Irão, que relatou o
início da emancipação feminina no seu país de origem. Este movimento nasceu em
meados do século XIX, quando um jovem chamado Báb afirmou que as mulheres e os
homens deveriam ter os mesmos direitos. Este movimento foi condenado pelos
sacerdotes muçulmanos que, na época, tinham grande influência na sociedade.
Como resposta a este movimento os sacerdotes mandaram cometer enormes
atrocidades, como, por exemplo, a morte e o desmembramento do corpo dos
seguidores deste movimento. Contudo, as ideias deste movimento começaram a
espalhar-se e, gradualmente, foram-se implementando no Irão e noutros países do
mundo. É, no entanto, um movimento ainda pouco aceite pelo clero muçulmano. O
título do livro é “luta contra a
escuridão, acende uma vela” e a ideia que este quis transmitir é que
devemos lutar pelos nossos sonhos e não devemos por isso aceitar a realidade
que não queremos para nós.
O segundo livro foi apresentado por
uma jovem de etnia cigana. O título do livro é “sentir cigano” e a ideia que pretendeu transmitir é que
independentemente da nossa cultura, todos temos sonhos, ou seja, apesar das
nossas diferenças culturais, todos somos humanos e temos sonhos que gostaríamos
de realizar. A jovem começou por explicar um pouco da cultura cigana. Explicou
que a comunidade cigana é muito unida, para o bem e para o mal, que é uma
comunidade onde as famílias são numerosas e as raparigas tem algumas limitações
no que toca a direitos. Por exemplo, estas só fazem parte da escolaridade
obrigatória, pois têm de casar virgens e como aos 12/13 anos ocorre a entrada
na adolescência, que se traduz numa mudança a nível sentimental, para prevenir
futuros relacionamentos com outro que não seja o marido pretendido, a rapariga
é retirada da escola. Outro exemplo das limitações da rapariga cigana é a
educação que recebe para cuidar dos filhos, respeitar o marido e tratar da lida
da casa e a pressão que os progenitores exercem sobre a menor para que esta
siga a tradição cigana e se torne numa feirante. A jovem demonstra, assim, que
independentemente da nossa cultura devemos seguir os nossos sonhos e procurar
criar laços com pessoas que nos apoiam. Esta jovem tinha o sonho de seguir o
seu percurso académico e com o apoio do seu avô e do seu pai, conseguiu tirar o
décimo segundo ano e, atualmente, pretende entrar para a universidade.
Acho que este tipo de iniciativas são
importantes, pois, por vezes, nós não nos apercebemos que o mundo não é igual à
nossa cidade, existem culturas, maneiras de pensar e tradições diferentes em
todo o lado. Acho, portanto, que esta atividade é de extrema importância, pois
dá-nos a conhecer realidades diferentes das nossas.
Na minha opinião foi uma atividade
bem planeada e o conteúdo transmitido interessante e inspirador, pelo que devem
continuar a realizar-se.
Nome: André Chanoca
Turma: 10ºCT4
Na minha opinião, esta iniciativa de
trazer uma pessoa relacionada com um estereótipo para a biblioteca, sob a forma
de um "livro vivo" foi muito positiva para mim e para todos os
participantes.
Acho que alguns dos estereótipos
apresentados são atuais e comuns a todos. Para além disso, permitiu-me
contactar com realidades que desconhecia.
No geral, gostei da atividade e acho
que foi bom poder conhecer um pouco outras culturas e perceber o seu ponto e
vista sobre alguns assuntos, e ficar também a saber um pouco mais sobre esses
temas.
Nome: João Correia
Turma: 10ºCT4
Eu gostava de ter ouvido todos os
livros, mas o que mais me sensibilizou foi o livro "A rapariga", pois falava sobre a segunda guerra mundial
e sobre os campos de concentração (os portugueses que lá estiveram), até vimos
uma carta de entrada nos campos de concentração, e este assunto sempre me
atraiu.
"O militante" referia-se essencialmente a um caso, mas foi interessante
saber a vida de pessoas que foram obrigadas a sair de Portugal, em busca de uma
vida melhor e acabaram por ir para o campo de concentração.
Acho que este tipo de atividade chama
bastante a atenção e desperta curiosidade.
Nome: Vera Sousa
Turma: 10ºCT4