No início do Milénio os governos de todo mundo reuniram-se e assinaram um compromisso único de acabar com a pobreza no mundo. Numa atitude extraordinariamente altruísta estabeleceram uma promessa notável de “libertar os nossos semelhantes, homens, mulheres e crianças, das condições abjectas e desumanas da pobreza extrema.”
Sob a forma de uma declaração de princípios e estabelecendo objectivos com prazos de concretização fixos - os objectivos da declaração do milénio (ODM), as nações firmaram um pacto que permite medir o progresso no caminho que leva à criação de uma nova ordem mundial, menos insegura, menos pobre e mais justa.
Mas se o compromisso expresso dos governantes é condição fundamental de concretização das metas adiantadas, uma atitude vigilante por parte da sociedade civil é condição do rigoroso cumprimento das metas definidas.
É, pois, na dianteira dessa necessidade de agitar a consciência cívica que a ESFH promoveu, em parceria com a Escola Profissional Profitecla, no passado dia 15 de Outubro, uma iniciativa que contou com a participação de 1070 pessoas - professores e alunos reuniram-se no final da manhã para, em conjunto, proclamarem as principais metas da Declaração do Milénio.
A sessão iniciou com uma exibição de grupo de alunos do ensino articulado que tocou NESSUN DORMA de Puccini. Durante a leitura do Manifesto - que foi dividida por oito alunos - quatro da Escola Secundária Francisco de Holanda e quatro da Profitecla - o mesmo grupo tocou o CANONE de Pachelbel.
A leitura foi acompanhada pela exibição, nas bancadas, em grupos organizados de alunos, de cartolinas A3 com os 8 símbolos, representativos dos Objectivos do Milénio (cuja concretização deverá ser cumprida até 2015):
1. Erradicar a pobreza extrema e a fome
2. Alcançar o ensino primário universal
3. Criar uma parceria global para o desenvolvimento:
4. Promover a igualdade de género e a autonomização da mulher
5. Reduzir a mortalidade de crianças
6. Melhorar a saúde materna
7. Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças
8. Garantir a sustentabilidade ambiental
Finalmente, e de acordo com as orientações da organização “Pobreza Zero”, foi lido um texto acompanhado pelo simbolismo da contagem decrescente até à erradicação da pobreza:
“Fome, SIDA, analfabetismo, discriminação de mulheres e meninas, destruição da natureza, acesso desigual à tecnologia, deslocação maciça de pessoas devido aos conflitos, migrações provocadas pela falta de equidade na distribuição da riqueza a nível internacional… São as diferentes facetas do mesmo problema: a situação de injustiça que afecta a maioria da população mundial.”
POR ISSO, LEVANTA-TE E ACTUA POR UM MUNDO MELHOR
Manuela Paredes