sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Campanha Pobreza zero

19 de Outubro de 2010

No início do Milénio os governos de todo mundo reuniram-se e assinaram um compromisso único de acabar com a pobreza no mundo. Numa atitude extraordinariamente altruísta estabeleceram uma promessa notável de “libertar os nossos semelhantes, homens, mulheres e crianças, das condições abjectas e desumanas da pobreza extrema.”
Sob a forma de uma declaração de princípios e estabelecendo objectivos com prazos de concretização fixos - os objectivos da declaração do milénio (ODM), as nações firmaram um pacto que permite medir o progresso no caminho que leva à criação de uma nova ordem mundial, menos insegura, menos pobre e mais justa.
Mas se o compromisso expresso dos governantes é condição fundamental de concretização das metas adiantadas, uma atitude vigilante por parte da sociedade civil é condição do rigoroso cumprimento das metas definidas.
É, pois, na dianteira dessa necessidade de agitar a consciência cívica que a ESFH promoveu, em parceria com a Escola Profissional Profitecla, no passado dia 15 de Outubro, uma iniciativa que contou com a participação de 1070 pessoas - professores e alunos reuniram-se no final da manhã para, em conjunto, proclamarem as principais metas da Declaração do Milénio.
A sessão iniciou com uma exibição de grupo de alunos do ensino articulado que tocou NESSUN DORMA de Puccini. Durante a leitura do Manifesto - que foi dividida por oito alunos - quatro da Escola Secundária Francisco de Holanda e quatro da Profitecla - o mesmo grupo tocou o CANONE de Pachelbel.
A leitura foi acompanhada pela exibição, nas bancadas, em grupos organizados de alunos, de cartolinas A3 com os 8 símbolos, representativos dos Objectivos do Milénio (cuja concretização deverá ser cumprida até 2015):

1. Erradicar a pobreza extrema e a fome

2. Alcançar o ensino primário universal

3. Criar uma parceria global para o desenvolvimento:

4. Promover a igualdade de género e a autonomização da mulher

5. Reduzir a mortalidade de crianças

6. Melhorar a saúde materna

7. Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças

8. Garantir a sustentabilidade ambiental

Finalmente, e de acordo com as orientações da organização “Pobreza Zero”, foi lido um texto acompanhado pelo simbolismo da contagem decrescente até à erradicação da pobreza:
“Fome, SIDA, analfabetismo, discriminação de mulheres e meninas, destruição da natureza, acesso desigual à tecnologia, deslocação maciça de pessoas devido aos conflitos, migrações provocadas pela falta de equidade na distribuição da riqueza a nível internacional… São as diferentes facetas do mesmo problema: a situação de injustiça que afecta a maioria da população mundial.”

POR ISSO, LEVANTA-TE E ACTUA POR UM MUNDO MELHOR

Manuela Paredes

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Escritor do mês

Jorge Luis Borges nasceu em 1899 na cidade de Buenos Aires, capital da Argentina e faleceu em Genebra, no ano de 1986. É considerado o maior poeta argentino de todos os tempos e é, sem dúvida, um dos mais importantes escritores da literatura mundial.

"Seu texto é sempre o de uma pessoa que, reconhecendo honestamente a fragilidade e as limitações do ser humano, nos coloca diante de reflexões nas quais, com frequência, está presente o nosso próprio destino." (Miguel A. Paladino).



Algumas obras do autor:

- Fervor de Buenos Aires
- Lua de frente
- Inquisições (renegado pelo autor)
- O Aleph
- Ficções
- História Universal da infâmia
- O informe de Brodie
- O livro de areia
- O livro dos seres imaginários
- História da eternidade
- Nova antologia pessoal
- Prólogos
- Discussão
- Buda
- Sete noites
- Os conjurados
- Um ensaio autobiográfico (com Norman Thomas di Giovanni)
- Obras completas (4 volumes)
- Elogio da sombra
Em




Um poema de  Borges

Amamos o que não conhecemos, o já perdido.
O bairro que foi arredores.
Os antigos que não nos decepcionarão mais
porque são mito e esplendor.
Os seis volumes de Schopenhauer que jamais terminamos de ler.
A saudade, não a leitura, da segunda parte do Quixote.
O Oriente que, na verdade, não existe para o afegão, o persa ou o tártaro.
Os mais velhos, com quem não conseguiríamos
conversar durante um quarto de hora.
As mutantes formas da memória, que está feita do esquecido.
Os idiomas que mal deciframos.
Um ou outro verso latino ou saxão que não é mais do que um hábito.
Os amigos que não podem faltar porque já morreram.
O ilimitado nome de Shakespeare.
A mulher que está a nosso lado e que é tão diversa.
O xadrez e a álgebra, que não sei.


Podem aqui ler o texto completo da "Biblioteca de Babel" de Jorge Luis Borges: