segunda-feira, 16 de julho de 2012

Concurso DN Escolas


Fado: A alma de um povo


Reconhecido como património Imaterial da Humanidade e após ter surgido na rua em meados do século XIX, o fado senta-se agora à mesa. Mas afinal o que representa o fado?

A resposta acabará por incidir no modo como cada um vê a realidade que o rodeia e será, portanto, apenas e só uma questão de perspetiva pessoal. Para muitos, fado é sinónimo de emoção, nostalgia, vida, destino ou até sofrimento. Começou por ser alguém que saía à rua, cantava e improvisava, ao som da guitarra Portuguesa. Já foi voz de protesto, já foi poemas marcados pelo vermelho da censura, de um país tão remoto do actual.

Caracterizado pela sua dolência e melancolia, a mais popular das canções urbanas, habitualmente transmitida de boca em boca, permanece curiosamente intacta até aos nossos dias.

O fado é, atualmente, um símbolo, mundialmente reconhecido de Portugal, que desde há muitos anos é representado no Estrangeiro, por artistas como Mariza, permitindo levar a língua Portuguesa aos quatro cantos do mundo. É caso para todos nós nos levantarmos num enorme aplauso. Ó meu fado, mas será esta distinção suficiente para atenuar o tão conhecido pessimismo português?

 Biografia

Nascida a 16 de Dezembro de 1973 em Moçambique, Mariza dos Reis Nunes, é uma das mais prestigiadas fadistas Portuguesas. Apesar de ter nascido em terras africanas, cedo se mudou para Portugal, mais concretamente para a Mouraria, o que permitiu que se envolvesse desde logo no mundo do fado. Detentora de uma voz inconfundível Mariza conta já com cinco álbuns, um DVD e inúmeras digressões pelo mundo.           

                                                                                         Adriana Ribeiro, Cláudia Cunha, Joana Bernardino

Ruptura do Conceito Árabe

As manifestações e protestos que definem a «Primavera Árabe» tem vindo a mudar o rumo de um povo revoltado face a décadas de opressão e falta de liberdade exercidas por regimes corruptos, e autoritários. Embora os ideais de justiça e igualdade que alimentam esta onda revolucionária sejam válidos, o recurso às mesmas armas utilizadas pelo poder instituído anula a nobreza deste acto. Os protestos de índole social, motivadospelo crescimento do desemprego e consequenteperda do poder de compra, tiverem origem na Tunísia e Ben Ali e desencadearam um «efeito dominó» cujo fim é ainda imprevisível. Em território iemenita, este efeito fez-se soar sobretudo na voz de Tawakel Karman, o que lhe fez merecer o Prémio Nobel da Paz. O novo conceito de vida que só a globalização permitiu conhecer, inspirou uma multidão que até aí ignorava aquilo que as fronteiras escondiam. A distância geográfica e cultural que separa o Ocidente do povo Árabenão impediu que as repercussões desta revolta se fizessem sentir em terras lusitanas.

A “Primavera Árabe” tornou-se, de facto, um título comum na imprensa nacional, tendo sido responsável pela subida dos preços do petróleo que levou ao aumento do preço dos bens e serviços. Além disso, a ameaça gerada pelo conflito levou à repatriação de muitos portugueses, assim como a queda abrupta do turismo para estes países. Assim, espera-se que o sofrimento e a coragem exigidos pela mudança anunciem um futuro promissor.



Jasmim na Primavera Árabe

Tawakel Karman, conhecida como «Iron Woman» entre o seu povo, foi a primeira mulher árabe a receber o prémio nobel da paz. Nascida a 7 de Fevereiro de 1979, a Mãe da Revolução Iemenita e co-fundadora do grupo Women Journalists Without Chains clama nos seus artigos os ideais da liberdade de opinião e expressão. Ativista dos direitos humanos, preconizou a revolta que levou à queda do regime de Abdullah Saleh.



E.T. Ares (Ana Jacinta, Ana Rita, Elvira, Guilherme, Juliana)

Sem comentários:

Enviar um comentário