quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Dia dos Direitos Humanos: quando o cinema inspira ação

No Dia dos Direitos Humanos, a turma 10CT3 transformou o cinema em ponto de partida para a defesa de causas reais. Filmes, debates e… cartas escritas em nome de quem está em perigo.

No âmbito desta efeméride, a professora Cristina Tomé dinamizou uma atividade com a turma 10CT3 que consistiu no visionamento de trailers disponibilizados pela Fundação Movies that Matter, sediada nos Países Baixos, que utiliza o cinema como ferramenta para promover os direitos humanos, a justiça social e a liberdade de expressão. A atividade teve como objetivo sensibilizar os alunos para violações de direitos humanos em diferentes partes do mundo e motiválos a agir através da redação de cartas e mensagens de apoio. A docente optou por explorar cada um dos trailers propostos pela fundação, analisando previamente a sinopse com os alunos.​

Entre os filmes apresentados, “Mr. Nobody Against Putin” mostrou o quotidiano de um professor russo que testemunha a transformação da sua escola num espaço de propaganda e militarização, sublinhando a importância da educação na defesa da paz e da democracia. Já “Devi”, passado no Nepal, deu a conhecer a luta corajosa de uma sobrevivente de violência sexual que denuncia os crimes cometidos contra milhares de mulheres durante a guerra, afirmando: “Se eu não o fizer, ninguém o fará”. O documentário que mais chocou os alunos foi “State of Silence”, sobre jornalistas mexicanos ameaçados, perseguidos e forçados ao exílio por denunciarem crimes ligados ao tráfico de droga e à corrupção.​

A professora apresentou ainda a Maratona de Cartas, promovida pela Amnistia Internacional, e desafiou os alunos a analisar e a assinar as petições dos casos selecionados este ano, dando voz a pessoas em risco em vários países. A discussão em sala de aula permitiu-lhes partilhar emoções, refletir sobre o papel dos defensores de direitos humanos e perceber como a pressão pública – através de cartas, petições e da divulgação nas redes sociais – pode salvar vidas. A sessão terminou com o compromisso dos alunos em participar ativamente na Maratona de Cartas, escrevendo em defesa de pessoas em perigo e levando a sua voz mais longe. Porque, como aprenderam com estes filmes, ficar em silêncio também é uma escolha – e eles escolheram não se calar.​

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