No Dia dos Direitos Humanos, a turma 10CT3 transformou o cinema em
ponto de partida para a defesa de causas reais. Filmes, debates e… cartas
escritas em nome de quem está em perigo.
No âmbito desta efeméride, a professora Cristina Tomé dinamizou uma
atividade com a turma 10CT3 que consistiu no visionamento de trailers
disponibilizados pela Fundação Movies that Matter, sediada nos Países
Baixos, que utiliza o cinema como ferramenta para promover os direitos humanos,
a justiça social e a liberdade de expressão. A atividade teve como objetivo
sensibilizar os alunos para violações de direitos humanos em diferentes partes
do mundo e motivá‑los a agir através
da redação de cartas e mensagens de apoio. A docente optou por explorar cada um
dos trailers propostos pela fundação, analisando previamente a sinopse com os
alunos.
Entre os filmes apresentados, “Mr. Nobody Against Putin”
mostrou o quotidiano de um professor russo que testemunha a transformação da
sua escola num espaço de propaganda e militarização, sublinhando a importância
da educação na defesa da paz e da democracia. Já “Devi”, passado no
Nepal, deu a conhecer a luta corajosa de uma sobrevivente de violência sexual
que denuncia os crimes cometidos contra milhares de mulheres durante a guerra,
afirmando: “Se eu não o fizer, ninguém o fará”. O documentário que mais
chocou os alunos foi “State of Silence”, sobre jornalistas mexicanos
ameaçados, perseguidos e forçados ao exílio por denunciarem crimes ligados ao
tráfico de droga e à corrupção.
A professora apresentou ainda a Maratona de Cartas, promovida pela
Amnistia Internacional, e desafiou os alunos a analisar e a assinar as petições
dos casos selecionados este ano, dando voz a pessoas em risco em vários países.
A discussão em sala de aula permitiu-lhes partilhar emoções, refletir sobre o
papel dos defensores de direitos humanos e perceber como a pressão pública –
através de cartas, petições e da divulgação nas redes sociais – pode salvar
vidas. A sessão terminou com o compromisso dos alunos em participar ativamente
na Maratona de Cartas, escrevendo em defesa de pessoas em perigo e levando a
sua voz mais longe. Porque, como aprenderam com estes filmes, ficar em silêncio
também é uma escolha – e eles escolheram não se calar.

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